Depois de todo o tropé do início da vida alimentar do meu filho, tudo se ajeitou na melhor dinâmica pra mim e pro João... quer dizer, "dinâmicas" porque cada vez que eu entendia o padrão da fome dele e estabelecia a rotina, pronto: alguma coisa mudava, uma hora era o tempo que ele mamava no peito, outra hora era o intervalo, e em outras a sequência. Mas uma coisa que não mudou é que desde o começo ouvi o comentário: "Nossa, ele já toma mamadeira e ainda não largou o peito?", como se fosse uma previsão catastrófica de Nostradamus...
O fato é que nunca pensei muito em como seria quando eu parasse de amamentar o João, era muito difícil de imaginar se seria com 2 anos, 1 ano ou dali algumas semanas... também não sabia se ele largaria por vontade própria ou se eu teria que fazer o desmame gradual por algum motivo. Mas confesso que em algumas vezes, principalmente quando estava estressada e fora de casa, apelei somente pra mamadeira como uma solução imediata.
Bom, e acabou sendo com quase 5 meses, por vontade dele (se é que isso é possível), quando ele começou a mamar cada vez menos e a produção de leite não resistiu a isso... foi assim, de uma forma "natural"... Natural pra quem mesmo?? Pra mim é que não foi!!!
Depois do corte do cordão umbilical, que é o primeiro sinal de aquela coisinha tão sua por 9 meses está indo para o mundo, parar de amamentar foi pra mim o segundo grande choque. Como se agora qualquer um pudesse tomar o meu lugar como provedora alimentar (tá, coisa de mãe neurótica e insegura, mas foi assim que me senti, oras!). Mas com o tempo fui pensando racionalmente e vendo que o me define como mãe vai muito além de cuidar das necessidades básicas dele e é muito mais forte, não que não soubesse disso antes, mas percebi que mesmo que outra pessoa fizesse tudo isso no meu lugar minha ligação com ele é eterna e que o cordão umbilical continua lá, em uma ligação invisível.
*Como não é sempre que essa segurança racional me consome, por via das dúvidas, continuo fazendo questão de ser eu quem alimenta o João, seja com a mamadeira ou com as papinhas (que começaram a ser introduzidas).
Te entendo muito Tati, o Felipe também foi parando com 5 meses e o nosso "susto" acabou acelerando todo o processo. Mas o grande lance é ver o lado bom das coisas. No meu caso, pelo menos, achei muito mais prático poder preparar e levar a mamadeira a qualquer lugar. E sabia que quase apanho de algumas pessoas por falar isso assim na cara dura? Hahaha, nem ligo! Bjs.
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