Depois de todo o tropé do início da vida alimentar do meu filho, tudo se ajeitou na melhor dinâmica pra mim e pro João... quer dizer, "dinâmicas" porque cada vez que eu entendia o padrão da fome dele e estabelecia a rotina, pronto: alguma coisa mudava, uma hora era o tempo que ele mamava no peito, outra hora era o intervalo, e em outras a sequência. Mas uma coisa que não mudou é que desde o começo ouvi o comentário: "Nossa, ele já toma mamadeira e ainda não largou o peito?", como se fosse uma previsão catastrófica de Nostradamus...
O fato é que nunca pensei muito em como seria quando eu parasse de amamentar o João, era muito difícil de imaginar se seria com 2 anos, 1 ano ou dali algumas semanas... também não sabia se ele largaria por vontade própria ou se eu teria que fazer o desmame gradual por algum motivo. Mas confesso que em algumas vezes, principalmente quando estava estressada e fora de casa, apelei somente pra mamadeira como uma solução imediata.
Bom, e acabou sendo com quase 5 meses, por vontade dele (se é que isso é possível), quando ele começou a mamar cada vez menos e a produção de leite não resistiu a isso... foi assim, de uma forma "natural"... Natural pra quem mesmo?? Pra mim é que não foi!!!
Depois do corte do cordão umbilical, que é o primeiro sinal de aquela coisinha tão sua por 9 meses está indo para o mundo, parar de amamentar foi pra mim o segundo grande choque. Como se agora qualquer um pudesse tomar o meu lugar como provedora alimentar (tá, coisa de mãe neurótica e insegura, mas foi assim que me senti, oras!). Mas com o tempo fui pensando racionalmente e vendo que o me define como mãe vai muito além de cuidar das necessidades básicas dele e é muito mais forte, não que não soubesse disso antes, mas percebi que mesmo que outra pessoa fizesse tudo isso no meu lugar minha ligação com ele é eterna e que o cordão umbilical continua lá, em uma ligação invisível.
*Como não é sempre que essa segurança racional me consome, por via das dúvidas, continuo fazendo questão de ser eu quem alimenta o João, seja com a mamadeira ou com as papinhas (que começaram a ser introduzidas).
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terça-feira, 21 de junho de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Mamãe (não)sabe tudo!
Quando eu me casei, há quase 6 anos atrás, eu dizia pras pessoas que esperaríamos uns 5 anos pra ter o 1º filho (sim, porque na festa já estavam me perguntando isso - o que eu chamo de "ansiedade alheia"). Era um tempo razoável em que as pessoas pausariam as cobranças e o que eu achava necessário pra me preparar. Eu pensava assim: eu fiz 4 anos de faculdade pra ser capaz de administrar uma empresa, logo, pra poder criar um ser humano, eu precisaria desse tempo ou mais pra aprender tudo e poder desempenhar esse papel de enorme responsabilidade (começava aí minha megalomania materna).
Confesso que nesse tempo li algumas coisas esporadicamente, sobre vários assuntos, mas nada muito profundo. Na prática, pude acompanhar pela primeira vez de perto o nascimento e desenvolvimento do meu priminho Caio, mas a mim cabiam as difíceis tarefas ligadas ao setor de entretenimento. Lembro-me de um dia que precisei ficar de babá, mas não sem a garantia de que ele já havia feito cocô e que não seria necessário trocar a fralda (eu não tinha noção de como era esse procedimento!), e então fiquei sossegada. Mas como a lei que rege os bebês só pode ser a Lei de Murphy ("Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará") é claro que ele fez um mega cocô, desses que a gente sente que desandou alguma coisa... conclusão: tive que pedir ajuda pra ele, que tinha 2 anos na época, e graças a Deus já falava, pra ir me mostrando o que eu precisava fazer (sem contar a parte que eu o larguei em cima do trocador pra pegar água quente, e que ninguém sabe até hoje, mas eu pedi pra ele ficar quietinho e ele ficou!).
Enfim, aí fiquei grávida, e ao longo dos 9 meses, por mais livros que eu comprasse, consegui apenas me inteirar sobre as mudanças que estavam acontencendo comigo e com aquele aquele bebê que crescia dentro de mim (afinal, saber em que mês se desenvolvia cada coisa já era demais para o meu "cérebro grávido"), e acabei deixando as questões práticas pra quando o João estivesse aqui fora.
Bom, escrevi até agora só pra dizer que é impossível sabermos de tudo, mesmo que o nome "mãe" muitas vezes traga isso embutido em seu significado. Algumas (pra não dizer, muitas) vezes você não saberá porque seu filho está chorando, mas tentará de tudo, até que uma hora acerta. Esse negócio que dizem que a mãe distingue cada choro de seu filho não é uma regra, e eu me perguntava que mãe eu era se não conseguia entender meu próprio filho. Mas a verdade é que algumas vezes nem eles sabem porquê choram!
Outra coisa, não saber de tudo evita que soframos por antecipação. Assim, de que adiantaria, por exemplo, eu ter aprendido tudo sobre parto normal se depois seria impossível meu filho nascer assim?
E garanto que, aprendendo na prática, conforme as coisas vão acontecendo, dá certo sim... Por exemplo, bastou uma vez de roupa molhada pra eu aprender que ao trocar a fralda de um menino tem que colocar o pipi pra baixo!! (E que nunca, em hipótese nenhuma, se deve deixar uma criança sozinha em cima do trocador, cômoda, etc, por mais que ela tenha prometido pra você que não vai cair!)
Confesso que nesse tempo li algumas coisas esporadicamente, sobre vários assuntos, mas nada muito profundo. Na prática, pude acompanhar pela primeira vez de perto o nascimento e desenvolvimento do meu priminho Caio, mas a mim cabiam as difíceis tarefas ligadas ao setor de entretenimento. Lembro-me de um dia que precisei ficar de babá, mas não sem a garantia de que ele já havia feito cocô e que não seria necessário trocar a fralda (eu não tinha noção de como era esse procedimento!), e então fiquei sossegada. Mas como a lei que rege os bebês só pode ser a Lei de Murphy ("Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará") é claro que ele fez um mega cocô, desses que a gente sente que desandou alguma coisa... conclusão: tive que pedir ajuda pra ele, que tinha 2 anos na época, e graças a Deus já falava, pra ir me mostrando o que eu precisava fazer (sem contar a parte que eu o larguei em cima do trocador pra pegar água quente, e que ninguém sabe até hoje, mas eu pedi pra ele ficar quietinho e ele ficou!).
Enfim, aí fiquei grávida, e ao longo dos 9 meses, por mais livros que eu comprasse, consegui apenas me inteirar sobre as mudanças que estavam acontencendo comigo e com aquele aquele bebê que crescia dentro de mim (afinal, saber em que mês se desenvolvia cada coisa já era demais para o meu "cérebro grávido"), e acabei deixando as questões práticas pra quando o João estivesse aqui fora.
Bom, escrevi até agora só pra dizer que é impossível sabermos de tudo, mesmo que o nome "mãe" muitas vezes traga isso embutido em seu significado. Algumas (pra não dizer, muitas) vezes você não saberá porque seu filho está chorando, mas tentará de tudo, até que uma hora acerta. Esse negócio que dizem que a mãe distingue cada choro de seu filho não é uma regra, e eu me perguntava que mãe eu era se não conseguia entender meu próprio filho. Mas a verdade é que algumas vezes nem eles sabem porquê choram!
Outra coisa, não saber de tudo evita que soframos por antecipação. Assim, de que adiantaria, por exemplo, eu ter aprendido tudo sobre parto normal se depois seria impossível meu filho nascer assim?
E garanto que, aprendendo na prática, conforme as coisas vão acontecendo, dá certo sim... Por exemplo, bastou uma vez de roupa molhada pra eu aprender que ao trocar a fralda de um menino tem que colocar o pipi pra baixo!! (E que nunca, em hipótese nenhuma, se deve deixar uma criança sozinha em cima do trocador, cômoda, etc, por mais que ela tenha prometido pra você que não vai cair!)
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