sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Atualizando o CV - Parte II

Um dos motivos pelos quais eu acabei "abandonando" esse blog foi a súbita alteração que aconteceu no meu currículo.

Em junho, eu contei aqui o meu dilema sobre voltar ao trabalho ou sair para me dedicar integralmente ao meu filho, e na época a 2ª opção acabou vencendo. Depois da dureza de ter que assumir essa escolha, da adaptação à nova rotina, e das delícias de poder acompanhar cada novidade do João de perto, eu comecei a pensar como seria conciliar as duas coisas quando eu precisasse quisesse voltar ao mercado de trabalho.

Eu sabia que no curto prazo não gostaria de ter um trabalho "8 às18", porque achava que seria necessária uma certa flexibilidade para poder estar por perto quando quisesse precisasse, e por isso comecei a pesquisar e ler histórias de mulheres que haviam passado por isso. Foi assim que eu cheguei ao movimento das "mompreneurs", ou seja, mães que resolveram empreender para conseguir ter essa tal flexibilidade, e que dessa forma conciliavam a carreira e a criação dos filhos. Achei perfeito. E nisso acabei chegando ao site Cia das Mães, que reúne muitas dessas mães, que contam suas histórias, vendem seus produtos, e ainda tem muitos artigos sobre o tema. Li muito a respeito, e fui armazenando tudo para que me fosse útil dali 1 ano, que era quando pretendia voltar.

Pois em certo dia de julho, recebi uma atualização do blog da Cia das Mães com o título "Intermediação de negócios", no qual uma marca de roupas infantis estava sendo vendida. Na hora senti que aquela talvez fosse minha oportunidade, mesmo não sendo no tempo antes definido por mim. Conversei com minha mãe, minha já provável sócia de um negócio que eu ainda nem tinha, e que deu a maior força e achou que deveríamos tentar (gracias, Mãe!). Entre negociação e finalização da transação demorou uns 15 dias (entre as partes envolvidas né, porque o que depende de transferência de CNPJ, alteração, e blábláblá, melhor nem comentar!!).

E cá estamos nós, ainda tentando "botar a casa em ordem", determinar processos, conhecendo o cliente, e tudo aquilo que aprendi na faculdade de Administração e que achei que não fosse usar tão cedo. Posso dizer que, no meu caso, pegar "o bonde andando" talvez tenha sido a melhor solução, pois sabe-se lá quanto tempo eu demoraria pra começar do zero. Mas também teve seus "contras", já que ainda estamos tentando deixar com nossa cara. O melhor de tudo é que a marca trabalha com roupas para bebês e crianças, ou seja, "meu assunto preferido nos 2 últimos anos" e que por enquanto, só tem loja virtual, ou seja, home-office (meu sonho alcançado!). 

Vou dizer que pra mim ainda é uma loucura administrar João-pedidos-blog-site-dúvidas-casa-comida-roupa lavada tudo ao mesmo tempo e agora, e que ainda não consegui estabelecer a rotina separada de cada papel que eu preciso desempenhar, mas até que estou me saindo bem... Mas claro, não sem a ajuda da minha mãe-sócia que é muito parceira, além de ser uma pessoa muito talentosa e criativa, ou seja, a artista da marca. 

E agora na verdade tenho dois filhos, que estão crescendo juntos e que eu espero que virem adultos fortes e saudáveis! (Xô aquela histórias de não-sei-quantas mil empresas fecham no primeiro ano!).


Bom, hora do merchan, né? Apresento a vocês a Quanto Menor Melhor, ou QM2 pros íntimos:



Roupas descoladas para bebês e crianças!


(PS - E aqui o post no blog da Cia das Mães que conta sobre o negócio)


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Relato de parto do meu Blog




Minha 1ª blogagem coletiva!! (pausa para as palmas) - então vamos lá:

Bom, a verdade verdadeira é que esse blog nasceu como uma forma mais fácil de disponibilizar a lista de presente do chá-de-bebê do João (pausa para o espanto-risos). Assim os convidados entravam nesse endereço, escolhiam, mandavam um email pra mim (na verdade mandavam pro João mesmo, já que eu tive uma alucinação ideia genial de registrar um email no nome dele... afinal, um nome comum, grandes chances de não ter nenhuma combinação decente disponível), e eu mantinha a lista atualizada. E até que funcionou bem...

O nome foi difícil de escolher viu... pensei em milhares de coisas e nada parecia razoável ou atrativo... até que parei nesse, afinal àquela altura meu mundo já girava em torno desse serzinho (fato que continua até hoje, e que só confirma a boa escolha do nome!).

Aí, 20 dias depois do chá o João resolveu dar um adiantada básica e chegou... e esse blog tinha, aparentemente, perdido sua utilidade.

Depois da surpresa do nascimento, já que na teoria em ainda tinha 2 semanas pra preparar, entrei em um turbilhão de sensações, nova rotina, bebê que não mamava direito, eu que não dormia, revezamento de visitas, enfim, por 1 mês achei que nunca mais fosse viver como um ser humano normal... Até que passou e assim eu comecei a realmente desfrutar desse momento tão mágico, e até ser capaz de rir das coisas que aconteciam (pausa: hoje pensando nesse 1º mês vejo o quanto foi maravilhoso e sofrido ao mesmo tempo, e o quanto eu sinto saudade!).

Entrando na rotina, e conhecendo cada vez mais meu bebê, começou até a sobrar tempo, e assim eu corria pra internet sempre pesquisando sobre coisas que estavam acontecendo com ele, ou que podiam acontecer (aí é a parte da mãe neurótica, melhor estar preparada pra tudo, não é mesmo?), e fui lendo cada vez mais os blogs de mães.

E foi em Maio, com o João com 5 meses, que resolvi retornar a esse blog (apaguei a lista de presentes rá!) e comecei a contar o que se passava... Eu que sempre adorei escrever, que sempre tive na cabeça a certeza de que um dia vou ter uma ideia brilhante, escrever livros e ficar rica (ahã!), estava adorando a experiência. Até que cometi um erro básico: comecei a divulgar os posts novos em meus perfis nas redes sociais, ao alcance de todos, ou seja, até daqueles que não estavam interessados realmente nos relatos apaixonados de uma mãe novata, mas na verdade em bisbilhotar como eu estava me saindo, ou saber com qual assunto eu estava revoltada no momento. Aguentei os comentários por um tempo, escrevi poucos posts na verdade, mas minha pessoa, com os hormônios ainda à flor da pele, a insegurança de uma mãe de primeira viagem (e a carência de uma canceriana mesmo) não foi capaz de segurar o tranco e o abandonei de novo.

Nunca deixei os outros blogs, e um que sempre acompanhei, e que foi o único capaz de me fazer retornar no tempo e ler T-O-D-O-S os seus posts, foi o da Anne Rammi www.superduper.com.br (acho incrível o jeito que ela escreve!). Bom, ela que me inspirou a começar os relatos nesse blog, ajudou também a reacender minha vontade de escrever, pois foi no blog dela que vi a convocação para essa blogagem coletiva e achei que esse talvez fosse o momento para o "renascimento" desse blog. 

Se dessa vez vai pra frente? Não sei... Mas estou disposta a fazer dar certo, e a não levar tão a sério o que os outros pensam. Meu mundo continua sendo do tamanho de um bebê, mas ele gira, e deixa pra trás as coisas que não nos fazem bem, e ao mesmo tempo traz novas oportunidades... Quem sabe o que eu perdi nesse tempo em que fiquei "amarrada" enxergando só o lado ruim? Mas ser mãe é renovar-se a cada dia, rever suas convicções e tentar fazer sempre o melhor. Vamos ver no que dá!!

(PS - se você tiver um sugestão de assunto/tema de livro para eu escrever e ficar rica, o João agradece - só não vale ser sobre bruxos ou vampiros que já estão muito batidos... rsrsrs)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A pressa é inimiga mesmo

Olha a cena: a mãe, sentindo-se muito esperta ao perceber que tudo estava calmo, resolve adiantar o preparo da papinha do bebê. O bebê está na sala, sentadinho, brincando no tapete com seus brinquedos, como costuma fazer algumas horas do dia.

A mãe lá, entretida picando os legumes, mais especificamente a cenoura, quando um choro estridente interrompe sua concentração. "Será que tombou pra frente?", "será que caiu pra trás?" - lembrando que ele estava em um tapete próprio e rodeado de almofadas, portanto a mãe não é tããão irresponsável assim.

Mas enfim, faltava tão pouco pra colocar tudo na panela e ligar o fogo... Só umas cenourinhas... Na ânsia de querer finalmente terminar uma coisa otimizar o tempo, a mãe acelera o processo, cortando com velocidade e mais força, quando de repente... Zapt (qual a onomatopéia para faca cortando??). Foi-se uma tampa do dedo.

Bebê continua chorando... E a mãe com a mão já toda ensaguentada (quanto de sangue é possível ter na ponta do dedo???) vai até a sala e vê que está tudo como antes. Era uma grave crise de "manha". Agora potencializada, já que a mãe corre procurando coisas pra fazer um curativo e parar o sangue enquanto o bebê chora cada vez mais.

E nessa tentativa de fazer tudo correndo, ao mesmo tempo e agora, eu acabei não colocando a sopa aquela hora, deixando o bebê chorar mais tempo, com um curativo mal-feito, tendo que limpar vários pingos de sangue pelo chão, com um toalha manchada pra lavar, e um tempero novo na sopa... Será que dedo de mãe faz bem pro filho?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Da série: "Medos" - Cuspir pra cima

Eu sempre soube que não se deve falar mal de criança, pois um dia você fatalmente pode pagar a língua... Já vi casos concretíssimos disso, do tipo: "Que horror essas crianças que dão show em supermercado, eu largava e ia embora!!" e agora está lá a mãe implorando pra filha parar de gritar e se comportar. O pior caso é quando alguém fala que uma criança é feia... isso não pode em hipótese nenhuma, pecado mortal!!

O fato é que não dos damos conta do quanto julgamos os outros até termos filhos. E como isso se torna delicado depois que eles nascem.

Somos capazes de emitir opinião sobre qualquer assunto, mesmo que não tenhamos quase nenhuma informação sobre ele. Um exemplo? O assunto do momento, a morte da Amy Winehouse. Sabemos que ela tinha um talento fora do comum, a companhia de pessoas duvidosas e uma péssima auto-estima. Mas alguns vão dizer que a culpa é dos pais por não a educarem direito, outros vão falar que é do ex-marido que a introduziu nesse mundo degradante das drogas e outros vão dizer que ela era fraca mesmo, que não tinha vontade de viver. Ou seja, fácil julgar não? Tá, esse é um exemplo distante de nós, mas quantas vezes não fazemos isso com as histórias de pessoas à nossa volta?

E por que é delicado fazermos isso depois de termos filhos? Porque simplesmente não sabemos o que será deles no futuro... Criamos os filhos com o maior amor do mundo, com base em nossos valores, e dando todo o suporte que eles precisam... mas as escolhas serão deles, e eles serão o que quiserem (nós pais gostando ou não). Nosso papel é ficarmos tranquilos por termos feito um bom trabalho e torcermos para que eles só encontrem pessoas boas e oportunidades pelo caminho.

Então quem me garante que no futuro, minha filha (que eu ainda posso ter) não pode vir a se apaixonar por um cara, morrer de amores e fazer más escolhas por causa disso? O cuspe pode demorar anos pra cair na testa.

Agora eu sei que por trás de cada pessoa que julgamos, apedrejamos ou falamos mal, existe uma mãe, que pode sofrer mais até do que a própria pessoa, e é no lugar dela que eu me coloco...

* Por via das dúvidas estou evitando até piadas de português, já que o João tem direito à cidadania.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Mãe ciumenta sim, e daí?!

Outro dia uma amiga minha, também mãe de primeira viagem, estava me contando como as pessoas reagiam quando ela se assumia uma "mãe ciumenta". Talvez surpresas com a honestidade dela, ou chocadas com essa mesma honestidade, as pessoas na maioria das vezes tentam mostrar que isso é algo errado...

Ah tá, dar piti por causa de periguetes no facebook do namorado/marido é sinal de que a mulher se preocupa com a relação e está cuidando dela. Mas sentir ciúmes daquela pessoinha que ficou grudada, literalmente, em você por 9 meses é sinal de desequilíbrio e despreparo.

Se existem mães, que quando se tornam mães, já estão preparadas pro fato de que o filho é para o mundo, ótimo! Parabéns pra elas! E se existem mães, que precisam aprender muito ainda, ótimo também! Que venham mais 5 filhos pra me ensinar, nem vou achar ruim...

Claro, o bebê não é o brinquedo da mãe. É uma pessoa em formação, que um dia irá pro mundo sim, e que irá conviver com todo tipo de pessoa, boas e ruins, irá se decepcionar, se machucar...e toda mãe sabe disso, por mais protetora que seja.

O que as pessoas não entendem é que a ligação exclusiva mãe-filho, que durou 9 meses, não se altera no momento do corte do cordão umbilical... pra algumas mães sim, pra outras demora mais tempo. E é natural que essas se incomodem com algumas situações em que seu filho está exposto. Cada um tem seu tempo.

Já liguei muito, mas hoje não ligo mais que pensem que sou ciumenta demais, sabe porquê? Porque esse filho foi muito desejado e esperado por nós, e ninguém esteve ao meu lado em cada mês que eu constatava que não seria daquela vez que ele viria... a dor, a frustração, a ansiedade, só eu senti... e por ele ser minha grande vitória, me permito desfrutá-la do jeito que eu acho melhor.

E aos pouquinhos, sem grandes traumas, ele será conduzido ao mundo... Mas enquanto ele é só um bebê gordinho eu vou aproveitar bastante, antes que ele aprenda a falar: "Mãe, você está me sufocando!" ou antes que ele encontre uma namorada, dessas que vai ter ataque por causa do facebook...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A vida pós-parto

Hoje estava lendo o blog "além dos 140 caracteres", onde a Bic Muller descreve as agruras de uma grávida e seu ouvido de penico, e não pude deixar de fazer a correlação de cada coisa que ela escrevia com as situações do pós-parto... Pra entender melhor, tá aqui o post dela, e agora vou fazer minhas atualizações...

Depois que seu filho nasce, na maternidade você continua ouvindo: "Aproveita a mordomia pra dormir, porque depois você não vai dormir mais". Bom, passados 2, 3 dias, já em casa, passa a ser oficial "Você não vai domir nunca mais". E eu, ainda caía na besteira de perguntar "nunca mais???", - "não, nunca" (acompanhado do sorriso sarcástico). Isso é mentira, porque com muita paciência pra estabelecer a rotina, algumas dicas do Nana Nenê (que serviu no meu caso, claro), é possível sim dormir por pelo 6 horas seguidas... Bebês não são criaturas maquiavélicas criadas para transformar mães e pais em zumbis (tá, alguns são vai...).

Se gravidez não é doença, imagina quando a "desculpa" já saiu da sua barriga. Mãe não tem direito de ficar doente, de passar mal... aliás, se você cair dura no chão ninguém vai notar mesmo, já que os olhos de todos vão estar no bebê (ah claro, mas vão te criticar porque você desmaiou e não vai poder amamentá-lo, e ele vai passar fome).

As pessoas continuam a pregar tragédias, só que agora ligadas à doenças infantis, acidentes domésticos e má alimentação.

O "não pode" continua também, só que agora relacionado à criança: "não pode dar banho à noite"; "não pode dormir assim, assado"; fora os milhares de causos, lendas e superstições que você ouve. (O "não pode" se estende a você quando o que você faz pode atingir o bebê, do tipo: "você não pode comer chocolate que dá cólica no bebê").

O buda deixa de ser a barriga, e passa a ser, lógico, o bebê! As pessoas não se contentam apenas em olhá-lo e interagir com ele. Tem que pegar. Tem que apertar. E o pior: tem que beijar... a bochecha, a testa, e claro, a mão! (A mão é o pior de todos, porque desde cedo os bebês já a levam à boca, logo... não precisa nem assistir ao Bem Estar pra saber o caminho dos vírus e bactérias).

As críticas continuam (e não devem sumir nunca mais). E você tem que conviver com os grupos extremistas... amamentação exclusiva X complementação; fralda descartável X fralda de pano; babá X creche X mãe; xi... não tem fim. A palavra MÃE já traz embutidas as palavras culpa e julgamento. Funciona mais ou menos como a bunda, só porque todo mundo tem acha que sabe tudo sobre ela e pode dar pitaco...

E você continua tendo suas atitudas analisadas, porque agora você serve de modelo para o filho, e crianças absorvem tudo. Ou seja, além de não dormir nunca mais, você também nunca mais vai poder falar palavrão.

Mas sabe o melhor de tudo isso? É que ao olhar pro serzinho que saiu de dentro de você, e que está bem, saudável, sorrindo e crescendo, você nem liga pra nenhuma dessas coisas...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Muito prazer, Sr. Brócolis!

Preciso registrar esse fato, até então inédito na minha vida: eu, por livre e espontânea vontade, peguei uma bandeja de brócolis no supermercado, e ainda escolhi a mais bonita!!

Explico: tenho uma grave ligeira aversão a esse vegetal... Deve ter alguma relação com o cheiro que fica pela casa (mais conhecido como "fedô", mesmo). Conto nos dedos de uma mão (tá bom, em metade dela vai...) às vezes que eu comi camuflado no arroz.

Mas... A maternidade muda tudo... E acaba com essas frescuras também. Traz a responsabilidade de se formar um ser humano, e a neurose vontade de acertar.

Ser mãe é quebrar velhos paradigmas, mudar hábitos, buscar o melhor. É entender que somos "exemplo" agora, e que precisamos fazer aquilo que queremos que nossos filhos também façam.

O próximo passo é criar coragem pra comprar a bandeja de fígado...



Essa é a prova de que o brócolis estava lá (junto com a couve-flor, vejam só!)
e outras coisinhas saudáveis