Quando eu me casei, há quase 6 anos atrás, eu dizia pras pessoas que esperaríamos uns 5 anos pra ter o 1º filho (sim, porque na festa já estavam me perguntando isso - o que eu chamo de "ansiedade alheia"). Era um tempo razoável em que as pessoas pausariam as cobranças e o que eu achava necessário pra me preparar. Eu pensava assim: eu fiz 4 anos de faculdade pra ser capaz de administrar uma empresa, logo, pra poder criar um ser humano, eu precisaria desse tempo ou mais pra aprender tudo e poder desempenhar esse papel de enorme responsabilidade (começava aí minha megalomania materna).
Confesso que nesse tempo li algumas coisas esporadicamente, sobre vários assuntos, mas nada muito profundo. Na prática, pude acompanhar pela primeira vez de perto o nascimento e desenvolvimento do meu priminho Caio, mas a mim cabiam as difíceis tarefas ligadas ao setor de entretenimento. Lembro-me de um dia que precisei ficar de babá, mas não sem a garantia de que ele já havia feito cocô e que não seria necessário trocar a fralda (eu não tinha noção de como era esse procedimento!), e então fiquei sossegada. Mas como a lei que rege os bebês só pode ser a Lei de Murphy ("Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará") é claro que ele fez um mega cocô, desses que a gente sente que desandou alguma coisa... conclusão: tive que pedir ajuda pra ele, que tinha 2 anos na época, e graças a Deus já falava, pra ir me mostrando o que eu precisava fazer (sem contar a parte que eu o larguei em cima do trocador pra pegar água quente, e que ninguém sabe até hoje, mas eu pedi pra ele ficar quietinho e ele ficou!).
Enfim, aí fiquei grávida, e ao longo dos 9 meses, por mais livros que eu comprasse, consegui apenas me inteirar sobre as mudanças que estavam acontencendo comigo e com aquele aquele bebê que crescia dentro de mim (afinal, saber em que mês se desenvolvia cada coisa já era demais para o meu "cérebro grávido"), e acabei deixando as questões práticas pra quando o João estivesse aqui fora.
Bom, escrevi até agora só pra dizer que é impossível sabermos de tudo, mesmo que o nome "mãe" muitas vezes traga isso embutido em seu significado. Algumas (pra não dizer, muitas) vezes você não saberá porque seu filho está chorando, mas tentará de tudo, até que uma hora acerta. Esse negócio que dizem que a mãe distingue cada choro de seu filho não é uma regra, e eu me perguntava que mãe eu era se não conseguia entender meu próprio filho. Mas a verdade é que algumas vezes nem eles sabem porquê choram!
Outra coisa, não saber de tudo evita que soframos por antecipação. Assim, de que adiantaria, por exemplo, eu ter aprendido tudo sobre parto normal se depois seria impossível meu filho nascer assim?
E garanto que, aprendendo na prática, conforme as coisas vão acontecendo, dá certo sim... Por exemplo, bastou uma vez de roupa molhada pra eu aprender que ao trocar a fralda de um menino tem que colocar o pipi pra baixo!! (E que nunca, em hipótese nenhuma, se deve deixar uma criança sozinha em cima do trocador, cômoda, etc, por mais que ela tenha prometido pra você que não vai cair!)
tati,
ResponderExcluirAdorei, não sabia que vc tinha começado um blog! ótima forma de a gente acompanhar suas aventuras com o Joãozinho (hahaha, vou chamar assim, que nem a Kel, pode? =))
E vc tem razão: a gente não nasce sabendo tudo né? E, às vezes, até descobrir, nem sabemos que não sabíamos! hahaha!
Beijos,
Laura
Muito legal Tati, preciso passar pra algumas pessoas "entendidas" e que sabem tudo sobre os filhos dos outros, hahaha!
ResponderExcluirBjs,
Karla.
Tati
ResponderExcluirAdorei o seu blog...
Uma vez perguntei a uma mãe, "quando iria passar as minhas preocupações" de mãe, e ela disse... "nunca só muda a fase", olho pro meus filhos e vejo que vale a pena, passar as madrugadas em claro, ficar um dia todo sem pentear o cabelo e só lembrar de noite que ainda não penteou, mudar a sua rotina inteira para que a dele seja melhor...são tantas as aventuras que passamos,a primeira gargalhada, a primeira vez que diz mamãe( que é isso que a gente ensina, vai ensinar papai, só depois que falar mamãe),qdo começa a engatinhar, qdo começa andar, vixi depois disso sai correndo pq ai só corre e vc atrás, sofri qdo ele foi pra escola, fiquei o dia todo esperando a professora me ligar pra busca-lo pq ele chorou, mas ela nunca ligou, ele se adptou muito bem,qdo engravidei novamente, e ai como vai ser? tive muitas e muitas dúvidas... mas Tati são tantas coisas que passamos e te digo por abrimos mão de trabalho pra cuidar dos filhos, somos privilegiadas... mas a maior recompensa que temos é o sorrisinho banguela, e qdo vc diz "filho eu te amo", e ele responde "eu tbm te amo"...isso não tem preço...
Vamos trocar idéias, sou uma pessoa que gosta de trocar experiência...bjs